quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A arte de ser feliz



Houve um tempo em que minha janela se abria
sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada,
e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde,
e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espessas.
Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam pelo muro.
Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega.
Às vezes, um galo canta.
Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
E eu me sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas,
que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem,
outros que só existem diante das minhas janelas, e outros,
finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

CARTA DO CHEFE SEATTLE




Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.
A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:

“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós.
Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los?
Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.

Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa
nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo,
é sagrado na memória e na experiência de meu povo.

A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória
e a experiência do meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias
do homem vermelho.

Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando
vão caminhar entre as estrelas.
Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra,
pois ela é a mãe do homem vermelho.
Somos parte da Terra e ela é parte de nós.
As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo,
a grande águia, estes são nossos irmãos.
Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei,
e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que

quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós.
O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar
onde poderemos viver confortavelmente.
Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos.
Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra.
Mas não vai ser fácil.
Pois esta terra é sagrada para nós.

A água brilhante que se move nos riachos e rios não é
simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais.
Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais.
Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que
ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada
e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas
da vida de meu povo.
O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.

Os rios nossos irmãos saciam nossa sede.
Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças.
Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de
ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês,
e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo
carinho que têm para com seus irmãos.
Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras.
Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho
que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa.
A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence,
segue em frente.
Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa.
Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.

O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos
são esquecidos.
Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como
coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes.
Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto.
Não sei.
Nossas maneiras são diferentes das suas.
A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho.
Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.

Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco.
Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou
o ruído das asas de um inseto.
Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo.
A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos.
E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário
de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa.
Sou um homem vermelho e não entendo.

O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e
o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou
perfumado pelos pinheiros.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas
compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem,
todos compartilham o mesmo hálito.
O homem branco parece não perceber o ar que respira.
Como um moribundo há dias esperando a morte,
ele é insensível ao mau cheiro.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar
é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos
com toda a vida que ele sustenta.

Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada,
como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento
que é adoçado pelas flores da campina.

Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra.
Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco
deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não entendo de outra forma.
Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo
homem branco que os matou da janela de um trem que passava.

Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma
pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos
para ficarmos vivos.

O que é o homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o homem morreria
de uma grande solidão do espírito.
Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem.
Todas as coisas estão ligadas.

Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés
é as cinzas de nossos avós.
Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra
é rica com as vidas de nossos parentes.
Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos,
que a Terra é nossa mãe.
Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra.
Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.

Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem –
o homem pertence à Terra.
Isto nós sabemos.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Todas as coisas estão ligadas.

Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra.
O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela.
O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.

Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de
amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.

Podemos ser irmãos, afinal de contas.
Veremos.
De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia
descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus.
Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam
possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo.
Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com
o homem vermelho quanto para com o branco.
A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo
por seu criador.
Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.

Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade,
queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum
propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra
e sobre o homem vermelho.
Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os
búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos
secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista
das montanhas maduras manchadas por fios que falam.

Onde está o bosque?
Acabou.
Onde está a águia?
Acabou.
O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”
Extraído de The Irish Press, sexta-feira, 4 de junho de 1976 .

Este texto foi publicado originalmente por Evandro Seido em: https://www.facebook.com/notes/evandro-seido/carta-do-chefe-seattle-na-%C3%ADntegra/10150283901435712

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Ensinamentos sobre o amor.


"Um pai pode pensar que é "dono" de seu filho: "Você tem que obedecer a tudo o que eu determinar. Estude isso, faça aquilo ou não o reconhecerei como filho." Um rapaz pode dizer para a sua namorada: "Você não pode fazer compras a tal hora, não pode usar esse perfume, não pode usar esta cor." Amar dessa maneira tóxica é como colocar grilhões no amado. O amor que certa vez pareceu um castelo transformou-se em uma verdadeira prisão. Quando a pintura começa a descolar, as grades da prisão aparecem, e ambos sentem-se aprisionados, incapazes de escapar. O contrato de casamento torna-se uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de libertação. Separação ou continuar juntos, as duas situações são insuportáveis. Isso é verdadeiro não só para casamentos como também para relacionamentos entre pais e filhos, amigos, mestres e alunos. É fundamental aprendermos a amar preservando a liberdade do ser amado, permitindo que a individualidade mútua se mantenha. Esse é o tipo de amor que o Buda ensinou."

Thich Nhat Hanh em "Ensinamentos sobre o amor - desenvolvendo a capacidade de amar com alegria e compaixão."

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mar Português



"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu"


(Fernando Pessoa – 1888-1935)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Transformações na Consciência.


Este livro foi escrito por Thich Nhat Hanh, um dos autores budistas que eu mais gosto de ler. Seus livros são deliciosos e seus ensinamentos profundos. "Transformações na Consciência" é um livro dedicado à psicologia budista, assunto por demais interessante. Pelo menos no meu ponto de vista. Tendo como base os "Cinquenta Versos sobre a Natureza da Consciência" o autor faz com que possamos compreender como funciona a nossa mente.

Os Cinquenta Versos constituem a corrente mais importante do pensamento budista na Índia e explicam o modo como a mente funciona, a partir deste ponto de vista. Eles são divididos em seis partes, onde a primeira delas nos descreve a consciência armazenadora, a segunda refere-se à manas, a parte três define a consciência mental, a parte quatro é destinada à consciência dos sentidos, a quinta parte nos introduz à natureza da realidade e a última parte nos fala sobre o caminho da prática. O autor dispensa para cada uma das seis partes dos Cinquenta Versos um capítulo do livro, o que o torna um guia completo para quem quer estudar a base da psicologia budista. Na minha opinião não é um livro para ser lido uma vez apenas, é para ser estudado.

Eu gostei tanto do livro que não respeitei a sugestão do autor de ler o livro aos poucos, por ser de difícil compreensão. Porém tenho que confessar que não consegui lê-lo até o final. Mas não por preguiça, falta de interesse ou de entendimento, mas por ter sido muito inspirador. Percebi que existiam algumas "sementes" em mim que precisavam ser regadas (ainda estou regando), fechei o livro e fui em busca desse objetivo. Acredito que quando voltar à leitura do mesmo preciso voltar ao começo do livro, preciso fazer anotações, e quem sabe, conseguirei chegar à última página.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A vida é como um piquenique


A vida é como um piquenique numa tarde de domingo, ela não dura muito tempo. Só ...olhar o sol, sentir o perfume das flores ou respirar o ar puro já é uma dádiva. Mas se tudo o que fazemos é ficar discutindo onde pôr a toalha, quem vai sentar em que canto, quem vai ficar com a maçã ou com a laranja..., que desperdício! Mais cedo ou mais tarde o tempo fecha, a tarde cai e o piquenique acaba. E tudo o que fizemos foi ficar discutindo e implicando uns com os outros. Pense em tudo o que se perdeu.

(Chagdud Tulku Rinpoche)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

O Laço e o Abraço



Meu Deus! Como é engraçado!

Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço.
É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço.
É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece?
Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço.

Mário Quintana

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

MEDITAÇÃO: DEIXE SER O QUE É



O ensinamento do Buda corresponde a um modo de vida. É um caminho para se viver uma vida equilibrada, serena e proveitosa: um caminho que nos oferece uma saída para a série infindável de problemas e lutas que enfrentamos na vida. Podemos descobrir este caminho na meditação, uma via que nos abre para o significado da iluminação. 

Embora a meditação seja, na verdade, muito simples, é fácil nos confundirmos com as muitas e diferentes descrições das práticas meditativas. Esqueça-as todas e apenas sente-se em silêncio. Fique muito quieto e relaxado, e não tente fazer nada. Deixe tudo - pensamentos, sentimentos e conceitos - passar por sua mente, sem atrair sua atenção. Não agarre as idéias ou pensamentos à medida que vêm e vão, nem tente manipulá-los. Quando você acha que tem que fazer alguma coisa em sua meditação, apenas a torna mais difícil. Deixe que a meditação se faça por si mesma.

Depois de ter aprendido a deixar os pensamentos passar por você, deles diminuem de velocidade e quase desaparecem. Então, atrás do fluxo dos pensamentos, você sentirá uma sensação que constitui a base da meditação. Quando entrar em contanto com este lugar silencioso que há por trás de seus diálogos internos, deixe que sua consciência dele fique mais forte. Você pode simplesmente repousar nesta quietude, porque, nela, não há nada a fazer; não há motivo algum para produzir alguma coisa ou parar alguma coisa. Apenas deixe tudo ser.

Quando meditamos deste modo simples e receptivo, a qualidade meditativa gradualmente se torna mais pronunciada e sua experiência mais imediata. Após cada meditação, a luz desta experiência permanecerá e se fortalecerá com a prática. A meditação simplesmente vem por si própria, como o Sol da manhã; a atenção interior, uma vez tocada, irradia-se naturalmente. Todavia, encontrar esta atenção interior requer prática diária, de modo que é importante reservar tempo para a meditação.

À medida que perseverarmos em nossa prática, saberemos, ao examinar nossas vidas, se estamos no caminho certo e se a nossa meditação é eficaz. Quando a nossa mente está serena e mais amorosa, quando as nossas emoções são constantes e estáveis, e a nossa vida transcorre sem tropeços, então saberemos que estamos progredindo.

O silêncio interior que brota da meditação alivia a tensão destes tempos de mudanças rápidas, em que é tão fácil perdermos nosso senso de estabilidade e de equilíbrio. Ao tentar fazer coisas demais em tempo muito curto, podemos ficar agitados e transtornados. Porém, quando nossa mente está relaxada e quieta, a vida se torna simples e equilibrada, livre de extremos que nos descontrolam. Quando estamos equilibrados, somos saudáveis - o corpo fica relaxado e a mente serena. Tornamo-nos isentos de confusões, decepções e ilusões. Aprendemos a nos orientar a partir da nossa experiência da meditação.

O equilíbrio é de importância capital, até mesmo em nossa relação com os ensinamentos espirituais. O Dharma, por exemplo, é um pouco como muitas faculdades e universidades - é-nos oferecida toda uma variedade de matérias interessantes, e podemos desperdiçar nosso tempo e energia tentando aprendê-las todas. Um grande mestre disse uma vez que o conhecimento é como as estrelas da noite - não podemos contar sua imensidão. Por isso, é melhor não tentar fazer tudo de uma só vez, mesmo no campo espiritual.

A princípio, é importante nos concentrarmos naqueles ensinamentos que são, de forma mais imediata, relevantes para nós - ensinamentos em relação aos quais nós temos uma formação. Caso contrário, jogamos fora o nosso tempo e ganhamos só frustração. Contente-se em progredir gradativamente, passo a passo, mantendo forte sua motivação e perseverando na prática da meditação. É uma grande verdade que, no desenvolvimento da meditação, o caminho mais lento é o mais rápido. Quando cultivamos nossa meditação cuidadosamente, sem forçar, os resultados serão sempre claros: embora possamos não perceber o crescimento a cada dia, ele é constante. Este caminho não é como uma chuva torrencial, que nos obriga a buscar abrigo; é mais como a neve que vai suavemente recobrindo a terra.

Torne sua meditação descontraída, aberta - sem vigiá-la ou forçá-la. As experiências da meditação virão. Estas experiências, em si, não são tão valiosas, mas podem constituir uma forma de prolongamento da meditação: certas experiências podem tocar as sutilezas da mente e ajudar a esclarecer a natureza da existência.

Tarthang Tulku Riponche - Expansão da Mente

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dalai Lama




"Considerando a escala da vida no cosmos, uma vida humana não é mais que um pontinho minúsculo. Cada um de nós é apenas um visitante neste planeta, um convidado, que só ficará por um tempo limitado. Que loucura maior pode haver do que gastar esse tempo curto sozinho, infeliz ou em conflito com os nossos companheiros? Muito melhor, com certeza, é usar o nosso tempo aqui para viver uma vida significativa, enriquecida por nosso senso de conexão com os outros e estar a serviço deles."


Dalai Lama


Para saber mais: http://www.dalailama.org.br/ensinamentos/